sábado, 16 de maio de 2009

Mundo corporativo - Para quê?

Infelizmente vemos todos os dias a inserção no mercado de trabalho, mesmo em grandes corporações de profissionais medíocres, que não se especializam em nada, não buscam crescimento, não se atualizam, não comungam da generosidade da profissão, amando-a, "professando-a"... estão ali apenas por 2 maravilhosas aquisições do mundo globalizado: Status e Q.I. O famoso Q.I muitas vezes oferece chances a profissionais fantásticos, que agregam todo tipo de valor à empresa, são verdadeiros agentes de mudanças; porém a grande maioria não sabe extamente o que está fazendo ali, não tem "conhecimento de causa", não faz por amor e mesmo assim, tem "amigos" que os indicam mesmo sabendo que será um trabalho mediano, que não renderá maiores méritos. O artigo abaixo fala sobre o tema, achei interessante trazer, pois se o mundo corporativo muda, nós, de T&D também temos que mudar, porém mudar em relação a procedimentos, não a caráter. Então para quem ama a área e faz por merecer, obrigada!


"37 não é Febre
*por Tom Coelho

“Nada mais comum do que julgar mal as coisas.”
(Cícero)

“Filha, leve um agasalho, pois vai esfriar”. “Querido, lembre-se de seu guarda-chuva; parece que vai chover...”. “Não vá tomar gelado!”.

Quem de nós já ouviu uma destas frases dos pais? E, aos que agora também são pais, quem não as pronunciou aos seus filhos?

Somos o legado social de uma cultura que venera a superproteção e tem aversão ao risco, por menor que ele seja, por mais saudável que ele possa vir a ser. A ordem é construir um muro ao redor de nosso mundo privado, encasular-se e defender as zonas de conforto arduamente conquistadas. Deste estado de coisas advêm duas conseqüências imediatas.

A primeira delas é o estímulo à mediocridade. E, ao contrário do que o senso comum tem por hábito avaliar, ser medíocre não significa ser inferior, mas tão somente mediano. Representa ser modesto, inexpressivo, ordinário. Fazer apenas o mínimo necessário para seguir adiante. Assim são as pessoas medíocres: não se destacam e não chegam a fazer a menor diferença.

Temos o aluno medíocre, desinteressado em aprender, em conhecer, em saber. Limita-se a marcar presença nas aulas e a estudar nas vésperas das provas decorando fórmulas matemáticas ou definições de conceitos. Recebe nota cinco, numa escala de zero a dez, digna para fazê-lo passar de ano. Vai engordar a massa de operários na vida profissional, seja apertando parafusos ou preenchendo relatórios. E, assim, vai passar pela vida, sem deixar lembrança, legado ou marca.

Temos os cônjuges medíocres, inábeis para manter acesa a chama de um relacionamento e ainda mais incapazes para romper o que já acabou. Passam a vida achando que colocar alimento na mesa, fazer sexo de vez em quando e dizer protocolarmente “eu te amo”, sem mirar os olhos, são atitudes suficientes. Alternam almoços insípidos aos domingos na casa dos sogros, trocam abraços sem calor nas noites de Natal, tudo para manter a estabilidade familiar.

Temos os profissionais medíocres, com inteligência bastante para ler as horas no relógio, batendo cartão ou assinando o ponto nos horários determinados. Respondem metodicamente seus e-mails, falam parcimoniosamente ao telefone, fazem exatamente aquilo que deles se espera. Nem mais, que possa gerar desconfiança em seus pares, nem menos, que possa comprometer sua sólida posição no organograma. São limitados como o cargo que exercem, como os executivos que o contrataram, como a empresa na qual trabalham. Limitados e sem futuro. Ou, se preferirem, com o futuro limitado ao horizonte de um palmo..."

Fonte:http://www.tomcoelho.com.br/artigos/artigos.asp?r=66

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